Atualmente ouvimos falar de muitos cristianismos, muitas
vozes , por vezes dissonantes, que
proclamam para si identidade e autoridade cristã. Porém, até que ponto
essas vozes estão em concordância e consonância com aquela descrita em João 1:
20 - 25 ? Até que ponto, essas vozes, podem ser comparadas como aquela "voz que clama no
deserto"? Em outras palavras, até que ponto esses
discursos, que se assumem como representante de Cristo, realmente ,
representa e aponta pra Cristo?
Podemos
perceber que João, ao descrever sobre essa voz e esse Jesus que clama no
deserto não se importou em ressaltar uma posição de status ou qualquer outra posição capaz de passar uma
imagem de confiança ou de autoridade humana, como por exemplo de títulos respeitados na época
como o de profeta, mestre, etc.,.
Já em nosso tempo, comumente vemos cargos e títulos se imporem antes de cada mensagem, de modo
poder garantir credibilidade e
autoridade de muitos lideres desses cristianismos. Muitas vezes, se valem de seus cargos e títulos para
influenciar as mentes dos fiéis.
Esse tipo de atitude, de imposição de cargos e títulos
dentro dos cristianismos, faz gerar um mal estar e faz gerar duas grandes
questões:
1- Isso tem que ser
assim mesmo?
2- É necessário,
utilizarmos de nossas posições, cargos e títulos, no meio cristão, para
conquistar a confiança e os ouvidos dos fiéis?
Se a resposta for sim, teremos que aceitar que essas vozes
que proclama no mundo cristão não é a mesma voz que proclama no deserto, pois,
enquanto a voz que proclama no deserto tem como maior alvo libertar-nos das
influencias humanas e levarmos para uma vida de renuncia e sem
cargos e títulos , as vozes que proclamam os cargos e os títulos tem
como conseqüência fazer com que as
pessoas tornem-se escravas das imagens desse mundo, são vozes que engessam e pode matar a nossa vida cristã.
Jonatan - Teólogo e
discípulo de Cristo.